desta maneira só restaria
recomeçar contando sobre como a fotografia me roubou
a escrita e assim eu estaria sempre, pela primeira vez atenta,
a essas imagens que se formam gravadas diante de meus olhos para dentro,
como passar a gostar do vermelho,
tendo esquecido por tempo demais o quanto ele já estava
no seio das coisas gostadas.
como quando descrevia aquela mão num papel sobre um muro em tiradentes.
sentada.
teria sido esse intervalo e no japão
os rolos giravam para dentro dos filmes
de volta,
como em uma rebobinagem de espontânea
desestabilizadora vontade. a vontade então me torcia e não era possível
sobre o rio da cidade registrar a lua nem a lâmpada de hélio
nem colher aqueles vermelhos e azuis claros que ambos vestiam de costas e na janela do trem a floresta.
o filme teria girado para dentro da cápsula
e voltaria a ser escuro sem eu saber
que os botões batiam em falso e sobre tudo
só me sobraria
contar sobre fotografias falsas e então
eu quase poderia ver
a escrita dando um sorriso
muito anterior
29 maggio 2015
.
às
23:47
`uma mentira de
ilana
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